terça-feira, 1 de maio de 2012

A LENDA DO ESPORTE - DENDÊ



Falando em Dendê, quero ressaltar que ele foi o único jogador de futebol de Alagoinhas, que levou o nome da cidade mais longe, por isso merece o reconhecimento de todos nos, não só pelo seu excelente futebol, como pela sua humildade, personalidade e caráter. Sua trajetória pelo mundo do futebol começa no ano de 67, quando ele tinha 14 anos e jogava no Internacional da Praça Keneddy, time onde jogava Eliel, Claudinho, e muitos outros da minha época, após esse período Dendê veio jogar com a gente no Bahia, indo em seguida pra o Galicia de Santa Terezinha, onde segundo ele recebeu o primeiro presente de um dirigente esportivo, ganhou de seu Toninho da Laranja, um par de chuteiras da marca gaetta, no Galícia ele ficou até 69, quando foi convocado pra seleção de novos de Alagoinhas, indo a seguir pra a divisão de base do Atlético de Alagoinhas, quando profissionalizou-se no ano de 72 aos 18 anos, razão pela qual ele não serviu o Tiro de Guerra, foi considerado pela imprensa esportiva baiana o jogador revelação do campeonato baiano daquele ano. Isso lhe rendeu a disputa do seu primeiro Campeonato Nacional pelo Esporte Clube Bahia, clube de onde fugiu de volta pra Alagoinhas, para casar-se com dona Nadja Vasconcelos, aliais estão casados até hoje, e juntos são pais de três filhos: Mauro, Anderson e Thomas, nesta mesma época ele foi sondado por vários clubes, brasileiros entre eles Cruzeiro de Minas Gerais, e Flamengo do Rio, e ele juntamente com um jogador de nome Merica vão ao Rio de Janeiro jogar no Flamengo ficando por lá uma temporada, volta pra o Vitória da Bahia, neste clube ele perde um titulo histórico e pensa em abandonar o futebol, pra trabalhar na Prefeitura de Alagoinhas, desiste desta idéia e vai jogar em Sorocaba-Sp, no São Bento, de volta a Bahia, joga no Leonico e é esquecido, pelos chamados grandes clubes, até aparecer jogando na Catuense de Antonio Pena, um time que é um misto de empresa de ônibus e clube de futebol, que se torna famosa no Brasil pelo globo esporte por promover a troca de um ônibus por um jogador. Dendê reencontra seu verdadeiro futebol, e a Catuense foi vice-campeã baiana da temporada, revelando o jogador Bôbô. O tempo passava e ele ainda jogou em outros clubes, até chegar ao Lagarto Esporte Clube, da cidade de Lagarto-Se, onde finalmente nos encontramos. Ali eu tive a felicidade de realizar meu sonho, fazendo com ele um programa esportivo, em seguida ele retornar a Alagoinhas e encerrar a carreira onde começou no Atlético de Alagoinhas. Certa vez perguntei a ele, qual a maior partida que ele fez e por que time jogava, ele respondeu, que foram três e destacou! Primeiro em Alagoinhas, uma partida pelo Atlético, contra o Leonico onde vencemos por 3X2, perdíamos de 2X0, e nesse jogo fiz dois gol, no seu Bahia, Jogando o nacional, de 72 contra o Curitiba que empatamos 2X2, também perdíamos por 2X0, e também fiz os dois gols, e no Flamengo foi no meu jogo de estréia em Porto Alegre contra o Grêmio, vencemos por 2X0, com gols de Zico, joguei de lateral direito. Eu sou suspeito pra falar alguma coisa sobre Dendê prefiro achar que sua maior partida foi aquela em que ele fez o gol de falta contra o 2 de Julho no campo do 4° Batalhão de Alagoinhas, pois foi dali que surgiu o grande jogador que ele realmente foi, se hoje não é rico de dinheiro com certeza é um cara feliz com a família que tem, pois tem amigos verdadeiros, que acredito ele sabe quem são, e quantos são, continua sendo a mesma pessoa humana digna e verdadeira, a você José Alberto Dendê da Silva Vasconcelos, sua esposa Nadja Vasconcelos, e seus filhos, Mauro Vasconcelos, Anderson Vasconcelos, e Thomas Vasconcelos, esta pequena lembrança pela nossa amizade, na certeza que você continua sendo meu jogador preferido, como eu disse antes, não só pelo seu futebol mais acima de tudo por suas intermináveis qualidades morais e éticas pena que Alagoinhas até hoje ainda não o reconhece como deveria, só espero que não o façam depois que você já não estiver mais com a gente será deveras lamentável, e de minha parte inaceitável.

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