terça-feira, 1 de maio de 2012

Os Meninos do Alecrim



















OS MENINOS DO ALECRIM
Almiro de Almeida Ferreira Neto

Os anos que se passaram, por certo não voltam mais.
Lembra-me quando menino, moleques com os demais.
Subindo em mil arvoredos, vivendo e curtindo sem medo.
Sonhos tão vivos e reais, Hoje me pego lembrando.
Dos tempos distantes de mim, Vejo e me sinto menino.
Menino do Alecrim.

Nas ruas empoeiradas, humildes casas caiadas.
Berço de toda molecada dos Meninos do Alecrim.
Com os pés descalços a poeira.
Em meio às brincadeiras, éramos todos felizes.
Juntos estavam os Clovis, os Pedros os Josés e os Luizes.

Foi nessa rua de sonhos,
Que eu menino risonho ali nasci e cresci.
Hoje o destino me leva, me leva pra longe dali.
Deixa-me distante do sonho, que outrora ali eu vivi.
Mais mesmo assim não apaga, tudo que sinto por ti.
Pois trago guardado no peito Os Meninos do Alecrim

Alecrim das raparigas, mulheres fáceis da vida.
Que com muitas tanto aprendi.
Foram tantos os amores, tantos foram os dissabores.
E lá se foram os temores dos Meninos do Alecrim.
Hoje a saudade é um hino, Saudade daqueles Meninos.
Das Calças boca de sino dos Meninos do Alecrim.

Alecrim te levo no sonho, no pensamento e no coração.
Os meus melhores momentos em você foi que vivi.
No Final de toda jornada quando eu for quase nada.
Estarei no fim da estrada, lembrando-me da molecada.
De todas as jornadas dos Meninos do Alecrim.

Almiro de Almeida Ferreira Neto
Setembro de 2003
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